Em novembro deste ano, o Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada -, órgão ligado ao governo federal lançou o "Comunicado Ipea nº 66", cujo título é o que está estampado acima. Publicamos aqui, na íntegra, para os profissionais da educação de nosso município, as considerações finais desse estudo bastante interessante do Ipea que, apesar de ser um órgão oficial, ainda merece um pouco de nosso respeito. Quem quiser conferir mais sobre esse estudo do Ipea é só acessar o site que se encontra no final do texto que segue.
Boa leitura a todos/as.
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Os dados e informações apresentados sobre o acúmulo de escolarização revelaramampliação do número médio de anos de estudo da população de 15 anos ou mais.
Persistem, no entanto, os fortes diferenciais regionais, que também são expressivos quando se observa esse indicador levando em consideração os quesitos renda, localização e raça/cor. O hiato educacional mostrou-se muito elevado, o que, em grande medida, expõe as dificuldades dos alunos para concluir, no período adequado, seu período de estudo, o que remete aos problemas da repetência e evasão escolar.
No que diz respeito ao analfabetismo, mostrou-se que ele é bem mais acentuado na população negra, nas regiões menos desenvolvidas e as nas zonas rurais. Está fortemente concentrado na população de baixa renda e o percentual e a quantidade de analfabetos se ampliam conforme aumenta a faixa etária da população. Além disso, constatou-se que a taxa de analfabetismo dentro de uma mesma geração é pouco sensível a mudanças com o passar dos anos. A queda do analfabetismo está ocorrendo pela escolarização da população mais nova e pela própria dinâmica populacional.
A taxa de escolarização bruta teve incremento para a faixas etária de 0 a 17 anos. Já nas faixas etárias de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos, começaram a ocorrer decréscimos a partir de 2007. As taxas de frequência líquida, no entanto, foram crescentes em todos os níveis de ensino.
A análise na perspectiva dos níveis de ensino mostrou que, na educação infantil, a equidade permanece um alvo ainda distante quando se trata do direito das crianças 24 pequenas à educação. No ensino fundamental, o maior desafio é a melhoria da qualidade do ensino, que vale para os demais níveis e modalidades da educação básica. Além disso, salientou-se que o outro grande desafio é a regularização do fluxo escolar, ou seja, é preciso atingir a universalização na conclusão do ensino fundamental e não apenas no seu acesso. Os dados mostraram que o País ainda não universalizou o ensino médio. Além disso, a capacidade instalada atual para oferta de ensino médio pode ser insuficiente para incorporar, imediatamente, o contingente de jovens de 15 e 17 anos que deveriam freqüentar esse nível de ensino, se houver a correção de fluxo do ensino fundamental. É necessário que haja, portanto, melhorias e expansão de capacidade física instalada para garantir acesso e permanência. Na educação superior, os desafios são ainda maiores, principalmente devido à baixa frequência e às disparidades e desigualdades existentes.
Os desafios para as políticas de alfabetização são o de repensar os atuais programas de alfabetização de adultos para torná-los mais efetivos e, em seguida, realizar a ampliação de sua cobertura. Outro desafio é acelerar o acúmulo de escolarização da população, o que implica ampliação do acesso e da permanência da população nas escolas em todos os níveis e modalidades. Na educação infantil e no ensino médio, os dados mostraram que o país está longe da universalização. Por último, um dos maiores desafios é a melhoria da qualidade do ensino para todos os níveis e modalidades da educação brasileira, prestando atenção redobrada às novas necessidades de conhecimentos e habilidades requeridas no atual processo de desenvolvimento econômico e social.
Persistem, no entanto, os fortes diferenciais regionais, que também são expressivos quando se observa esse indicador levando em consideração os quesitos renda, localização e raça/cor. O hiato educacional mostrou-se muito elevado, o que, em grande medida, expõe as dificuldades dos alunos para concluir, no período adequado, seu período de estudo, o que remete aos problemas da repetência e evasão escolar.
No que diz respeito ao analfabetismo, mostrou-se que ele é bem mais acentuado na população negra, nas regiões menos desenvolvidas e as nas zonas rurais. Está fortemente concentrado na população de baixa renda e o percentual e a quantidade de analfabetos se ampliam conforme aumenta a faixa etária da população. Além disso, constatou-se que a taxa de analfabetismo dentro de uma mesma geração é pouco sensível a mudanças com o passar dos anos. A queda do analfabetismo está ocorrendo pela escolarização da população mais nova e pela própria dinâmica populacional.
A taxa de escolarização bruta teve incremento para a faixas etária de 0 a 17 anos. Já nas faixas etárias de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos, começaram a ocorrer decréscimos a partir de 2007. As taxas de frequência líquida, no entanto, foram crescentes em todos os níveis de ensino.
A análise na perspectiva dos níveis de ensino mostrou que, na educação infantil, a equidade permanece um alvo ainda distante quando se trata do direito das crianças 24 pequenas à educação. No ensino fundamental, o maior desafio é a melhoria da qualidade do ensino, que vale para os demais níveis e modalidades da educação básica. Além disso, salientou-se que o outro grande desafio é a regularização do fluxo escolar, ou seja, é preciso atingir a universalização na conclusão do ensino fundamental e não apenas no seu acesso. Os dados mostraram que o País ainda não universalizou o ensino médio. Além disso, a capacidade instalada atual para oferta de ensino médio pode ser insuficiente para incorporar, imediatamente, o contingente de jovens de 15 e 17 anos que deveriam freqüentar esse nível de ensino, se houver a correção de fluxo do ensino fundamental. É necessário que haja, portanto, melhorias e expansão de capacidade física instalada para garantir acesso e permanência. Na educação superior, os desafios são ainda maiores, principalmente devido à baixa frequência e às disparidades e desigualdades existentes.
Os desafios para as políticas de alfabetização são o de repensar os atuais programas de alfabetização de adultos para torná-los mais efetivos e, em seguida, realizar a ampliação de sua cobertura. Outro desafio é acelerar o acúmulo de escolarização da população, o que implica ampliação do acesso e da permanência da população nas escolas em todos os níveis e modalidades. Na educação infantil e no ensino médio, os dados mostraram que o país está longe da universalização. Por último, um dos maiores desafios é a melhoria da qualidade do ensino para todos os níveis e modalidades da educação brasileira, prestando atenção redobrada às novas necessidades de conhecimentos e habilidades requeridas no atual processo de desenvolvimento econômico e social.
Fonte: www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/101118_comunicadoipea66.pdf
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