Os trabalhadores municipais de Bayeux, reunidos em Assembleia Geral, nesta sexta-feira, 05 de abril, no Centro de Formação da Igreja São Sebastião, decidiram por UNANIMIDADE, prestar total APOIO e SOLIDARIEDADE à luta dos professores e professoras de Campina Grande e Sta. Rita que se encontram em GREVE POR TEMPO INDETERMINADO por conta da intransigência e da falta de compromisso com a educação pública manifestada pelos novos prefeitos das respectivas cidades, Romero Rodrigues (PSDB) e Reginaldo Pereira (PRP), que como todos os políticos da elite de nosso Estado e de nosso país, em época de campanha eleitoral, colocam a educação como um dos pontos fundamentais de sua futura gestão, mas quando assumem o posto esquecem a prioridade de tempos eleitorais e passam a massacrar a categoria antes colocada em um pedestal.
Em Campina Grande, a greve foi iniciada em 18 de março passado por causa de atraso no pagamento das horas extras
trabalhadas, proibição de acúmulo de carga horária dos professores e
problemas no pagamento do piso salarial do magistério. A categoria também alega a
falta de profissionais para atuar nas creches da cidade e materiais de
trabalho.
Em Sta. Rita, a situação é mais grave. Os professores e professoras não receberam o salário de dezembro do ano passado e o 13º salário, além de não terem recebido o reajuste salarial desse ano nem o terço de férias que deveria ter sido pago em janeiro desse ano. Sobre os salários do ano passado, a Prefeitura propôs saldar essa dívida através de um empréstimo feito junto à CEF que, inicialmente, foi aprovado pela categoria e pela Câmara Municipal. Como o empréstimo não andava e começava a surgir rumores de que este tinha vários problemas de viabilização e a prefeitura não esclarecia a categoria, os trabalhadores em assembleia decidiram não aceitar mais o empréstimo. Com isso, o prefeito Reginaldo Pereira enviou à categoria uma nova proposta de pagamento desses atrasados, que foi apreciada na assembleia da última 4ª feira, 03/04. A proposta da Prefeitura era pagar os atrasados em 20 parcelas, mais o reajuste desse ano de 7,97% em duas vezes, além do terço de férias em junho. A categoria, revoltada com a proposta, decidiu não apenas rejeitar a proposta, como entrar em greve por tempo indeterminado.
Os trabalhadores municipais de Bayeux avaliaram, em Assembleia Geral, que tanto em Campina Grande quanto em Sta. Rita, existe da parte das duas Prefeituras, insensibilidade em resolver a situação dos magistérios locais, demonstrando assim na prática o descaso e o desprezo com a educação pública, apesar do discurso oficial que caminha em sentido oposto, apenas para jogar para a galera. Esperamos que, tanto Romero Rodrigues quanto Reginaldo Pereira saiam do discurso, desçam do pedestal e resolvam o problema da educação em suas cidades, ouvindo o clamor dos trabalhadores e atendendo as justas reivindicações dessas categorias.
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